domingo, 18 de outubro de 2009

A Historia da Microsoft



Na década de 70, os japoneses ultrapassaram os americanos nas indústrias automóvel e electrónica. Tinha-se a certeza de que era uma questão de tempo até Tóquio tornar-se a potência económica mundial. Passadas três décadas, o império do sol nascente cai em recessão e os Estados Unidos nunca foram tão prósperos. Tudo por causa da indústria da informática, uma industria avaliada em 700 biliões de Dólares cujo principal motor se chama Microsoft, a companhia mais importante da actualidade.
A Microsoft foi fundada em 1975, por Bill Gates e Paul Allen. O seu primeiro produto foi uma versão do Basic para um computador Altair. Em 1980, a IBM escolheu a Microsoft como fornecedora do sistema operativo do IBM PC, iniciando assim uma parceria. A Microsoft chamou a este sistema operativo MS-DOS (Microsoft Disk Operating System). Foram lançados quatro versões do MS-Dos. A primeira em 1980; a segunda em 1983, a terceira em 1984 e a quarta versão em 1988. A Microsoft chegou ainda a pensar em lançar o DOS protegido como DOS 5, mas decidiram mudar o nome para OS/2 .Ao mesmo tempo haviam criado o Windows 1.0 como um ambiente gráfico e de programação para funcionar sobre o DOS. Diferenças técnicas de opinião e o ponto de vista da IBM de que o Microsoft Windows era uma ameaça para o OS/2, provocaram uma separação entre as duas empresas, e a Microsoft entendeu que não precisava mais da IBM, pois o MS-Dos já tinha um domínio enorme sobre o mercado, o que levou à dissolução da associação.

Em 1987, a Microsoft lançou então a versão 2.0 do Windows. 3 anos depois lançou o Windows 3.0, que funcionava em aplicações DOS em modo virtual, portanto melhor que o OS/2 1.3. A IBM ainda lançou o OS/2 2.0, inclusive com uma interface melhorada, a WorkPlace Shell (WPS). A WPS era muito diferente do que as pessoas esperavam, a configuração inicial era muito pobre e feia. Em contraposição o Windows modo virtual tinha muitas inovações, uma interface familiar, por isso superou o OS/2 2.0.
A partir daí, as versões posteriores do Windows (Windows 3.1- maio de 1992, Windows 3.11 - março de 1993, Windows NT 3.1 - julho de 1993, Windows 95 - 24 de Agosto de 1995, Windows NT 4.0 - agosto de 1996,Windows 98 e NT 5.0 - maio de 1998,Windows Me - 24 de Novembro de 1999, Windows 2000 - agosto de 2000,Windows XP - 25 de janeiro de 2001,Windows Vista - 30 de janeiro de 2007 e actualmente Windows 7 -a 22 e Outobro de 2009), sendo de destacar o lançamento do Windows95, confirmaram a supremacia da Microsoft no campo dos sistemas operativos, para computadores pessoais. A IBM ainda fez uma última tentativa de fazer do OS/2 o principal sistema operacional lançando o OS/2 Warp 3.0. no final de 1994. Este sistema vendeu milhões de cópias, mas não superou o sucesso do Windows.

A Microsoft foi surpreendida com a repentina explosão da Internet, na qual não apostava. Rapidamente reestruturou os seus produtos, que passaram a estar orientados para a Internet. Os produtos, de maior destaque, da Microsoft são os sistemas operativos, Windows95/98, Windows NT, as linguagens de programação Visual C++ e Visual Basic e o Office (engloba aplicações como o Access, Word, Excel e Powerpoint). Actualmente é a maior empresa fornecedora de sistemas operativos e aplicações para PC compatíveis. As acções não param de subir e a empresa está avaliada em 216 bilhões de Dolares. Se hoje a Microsoft é líder de mercado, deve-se ao esforço que teve com o desenvolvimento dos seus produtos. As primeiras versões dos seus produtos não eram bem aceitas, mas versões posteriores tornaram-se verdadeiros sucessos. Entre os produtos de maior sucesso destacam-se os sistemas operativos Windows (pois 90% dos computadores o possuem), as ferramentas de programação e o Office e Internet Explorer. Apesar de dominar o mercado de PCs compatíveis, a Microsoft possui produtos para o Apple da Macintosh.

A Microsoft é o maior caso de sucesso empresarial da história americana. Após 27 anos, a empresa detém o monopólio virtual do mercado, com 90% dos PCs a correr os seus programas. Em 1998, tinha cerca de 25,7 mil funcionários, e facturou 15,5 biliões em um ano fiscal e possuía 10 biliões de Dólares no banco. O mercado acredita que tem potencial para multiplicar os seus lucros. Todo esse optimismo extraordinário a transforma na segunda empresa mais valorizada do mundo (atrás apenas dos 254 biliões da GE) e a maior da informática. A gigante Microsoft ultrapassou a Esso e a Coca-Cola e deixou a concorrente IBM a ver navios: com vendas de 78,5 biliões – ela vale 101 biliões, menos da metade do que vale a Microsoft (seu valor estimado é de 216 bilhões). Como consequência de todo esse sucesso é que três dos quatro homens mais ricos do mundo estão ligados à Microsoft. Paul Allen, seu co-fundador, é o terceiro, com US$ 21 biliões. Steve Ballmer, braço direito de Gates, é o quarto, com 10,7 bilhões. William Henry Gates III, o Bill Gates ou simplesmente Bill, como é chamado pelos funcionários, possui um capital de aproximadamente 51 biliões. Quando questionado sobre todo esse dinheiro, a resposta de Bill Gates é sempre a mesma: “São apenas açções.

Os funcionários da Microsoft também afirmam que o valor das acções depende das oscilações do mercado e que seu preço está alto e pode cair amanhã. Querem passar a impressão de que isso não é importante, embora milhares deles possuam sua parte do capital accionista. Afirmam que estão na Microsoft porque a empresa é dinâmica, há oportunidade para crescer e desenvolver novos projectos, que o ambiente é agradável etc. Massivo não é convincente, principalmente porque se sabe que seus salários estão abaixo da média de mercado. Aí está uma das tacadas de génio de Gates. Para manter os melhores programadores, os mais brilhantes cientistas e os mais audaciosos accionistas. Mas o dinheiro só pode ser retirado após quatro anos e meio no emprego. Em 1986, quando a empresa abriu seu capital, 1.100 funcionários receberam opções de compra de três mil acções, no valor de 150 mil. Desses funcionários, quem nunca vendeu nenhuma acção ganhou a cada ano fiscal uma nova para cada em seu poder (ou uma nova para cada duas, em 1991 e 1992). Em 1998, esse cidadão possui 216 mil acções, ou 33,5 milhões. Salário? Quem precisa de salário se trabalha na Microsoft há dez anos?

As consequências dessa super valorização levaram a empresa a abolir em 1990 a venda de três mil acções a cada novo funcionário. Isso porque em 1990 os empregados desde 1986 poderiam vender seu lote. A Microsoft corria o risco de sofrer uma fuga eng. de software, com milhares de pessoas pedindo as contas para se aposentar ou pior: abrir a sua própria Microsoft. A partir de 1991, cada novo empregado do império Microsoft que fosse trabalhar nas áreas de software e marketing passou a receber 1.800 acções. No ano seguinte, o total baixou para 1.100. Para cada ano de permanência na empresa, se teria direito a um novo lote, vencendo numa data diferente do anterior. Isso tornou a Microsoft a empresa de menor rotatividade de mão-de-obra de toda a indústria, mesmo pagando os menores salários. A não ser que seja demitido, ninguém sai de lá. A empresa não revela o número de funcionários que se tornaram milionários, mas são milhares.
Afirma-se que na Microsoft se trabalha sete dias por semana, que as pessoas moram no emprego, passam noites diante dos PCs. Nem tudo isso é verdade. Há três anos, para desenvolver o Windows 98, mil pessoas trabalharam numa maratona de seis meses, sete dias por semana. Isso sem falar na mão-de-obra gratuita de 400 mil programadores em todo o mundo (400 no Brasil) que se dispuseram a testar várias versões à caça de 100 mil bugs escondidos nos 21 milhões de linhas de programação.

Bill Gates afirma continuamente que o maior capital da Microsoft são seus funcionários. Para mantê-los, ele faz uso das acções. Mas há regalias. Na sede da Microsoft, em Redmond, um subúrbio de Seattle, é um complexo de 40 edifícios cercados por parques e zonas desportivas. Parece o campus de uma universidade. Seu nome, aliás, é campus Microsoft. A qualquer hora do dia podem-se ver programadores jogando basquet, vôlei e até futebol. Os 13 mil funcionários que trabalham lá só usam terno ou tailleur em ocasiões realmente necessárias. Ficam a maior parte do tempo à vontade. Tão à vontade que em 1990 a directoria passou uma circular proibindo os funcionários de andar descalços.

Na Microsoft, cada pessoa tem sua própria sala. Novos prédios são construídos seguidamente, pois se contratam em média 30 pessoas por semana. Cada funcionário tem direito a um espaço de 2,5 por três metros onde cabe uma mesa com o devido PC, uma estante e uma cadeira. Só os directores têm direito a alguns metros quadrados a mais. A sala dos vice-presidentes, por exemplo, é duas vezes maior que o padrão. E o escritório de Gates não é muito maior do que isso. Mas isso não é importante, pois, segundo o próprio Bill Gates, o objetivo da Microsoft é criar novas tecnologias de software capazes de tornar os pcs mais rentaveis e eficazes com interfaces amigaveis para o utilizador .

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